<$BlogRSDURL$>

Wednesday, July 28, 2004

Agarro a terra.
Esta terra que de nunca ser minha
o é, agora que a deixo.
Esta terra que sob os meus pés,
existe neles. e em todo o meu corpo.

Agarro-a com força.
esquecendo pedaços desfeitos de coragem.sofrimento.
que se desequilibram da minha mão
e se encontram na vontade de não querer partir.

O meu corpo sente a textura
desta terra que é alma,
de um corpo  que sente a terra
numa alma que é terra também.

E agora não quero deixá-la.
deitando-me na terra que sinto
e de olhos no céu,
espero que o céu lute com a terra
e que me absorvam.
 terra e e céu.

Tuesday, July 06, 2004

olhos de lume


Acendo uma vela com mãos húmidas de fogo.
Abro a janela: entra a brisa.
Sinto a luta em fogo de alma
no calor afagado de um sopro.
e eu observo.

quero que a chama dance na brisa. com a brisa.
em rasgos de fera presa que resiste. e que me olhando
quer rir fora de si.

Em olhos cor de lume
observo as minhas mãos agora abertas.
Peço-lhes fogo. Peço-lhes dança. Peço-lhes
chama. numa inspiração
que ouso acender.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?