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Wednesday, July 28, 2004

Agarro a terra.
Esta terra que de nunca ser minha
o é, agora que a deixo.
Esta terra que sob os meus pés,
existe neles. e em todo o meu corpo.

Agarro-a com força.
esquecendo pedaços desfeitos de coragem.sofrimento.
que se desequilibram da minha mão
e se encontram na vontade de não querer partir.

O meu corpo sente a textura
desta terra que é alma,
de um corpo  que sente a terra
numa alma que é terra também.

E agora não quero deixá-la.
deitando-me na terra que sinto
e de olhos no céu,
espero que o céu lute com a terra
e que me absorvam.
 terra e e céu.

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