Tuesday, January 31, 2006
Desabafo
Dedos que tentam tocar-se.
Distante o tempo que separa os corpos
que junta poros que respiram medos,
caminhos entreabertos de olhares desviados
mãos, raizes segurando a terra de dentro
entregues às copas das árvores, à brisa,
baile de outras gentes que estão em nós.
Olhos nascidos no céu, da expiração breve.
No cume dos montes, branca a neve
que arrefece o fogo, o meu corpo quente
para lá do teu nome, não sabe falar-te,
exprimir o aperto, instante de força,
entrega desejada a um corpo inteiro
na inexistência de um momento único.
Raio vertical sobre a vontade de amar.
A nuvem esconde o baú, ri-se de mim.
Chuva de segredos, cores claras indistintas
pasteis que pintam a minha nuvem, só por fora.
O cabelo molhado, o corpo que escorre
loucura sôfrega de te dizer mais, para lá deste chão,
levar-te, assim, por esses lados. Abrir o baú.
O vento sabe o que quero dizer.
A minha nuvem quer deixar-se voar.
Dedos que tentam tocar-se.
Distante o tempo que separa os corpos
que junta poros que respiram medos,
caminhos entreabertos de olhares desviados
mãos, raizes segurando a terra de dentro
entregues às copas das árvores, à brisa,
baile de outras gentes que estão em nós.
Olhos nascidos no céu, da expiração breve.
No cume dos montes, branca a neve
que arrefece o fogo, o meu corpo quente
para lá do teu nome, não sabe falar-te,
exprimir o aperto, instante de força,
entrega desejada a um corpo inteiro
na inexistência de um momento único.
Raio vertical sobre a vontade de amar.
A nuvem esconde o baú, ri-se de mim.
Chuva de segredos, cores claras indistintas
pasteis que pintam a minha nuvem, só por fora.
O cabelo molhado, o corpo que escorre
loucura sôfrega de te dizer mais, para lá deste chão,
levar-te, assim, por esses lados. Abrir o baú.
O vento sabe o que quero dizer.
A minha nuvem quer deixar-se voar.
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